Sem titulo

Por: Mauricio Lahan Jr

E se eu disser que já não acredito no Amor?
Se eu disser que não acredito mais em nenhuma palavra,
Nenhuma promessa…

Talvez dentro de mim não exita mais,
A pura esperança,
O sorriso inocente
O acreditar sem receios.

Eu decidi escolher um caminho Seguro,
Para que ninguém mais possa me machucar!
Fazer o que é o melhor para mim,
Sem me preocupar com mais ninguém!

Eu decidi precisar somente de mim para ser Feliz…

E, talvez você me venha com aquele papinho:
“Mas por que meu amigo, decidir ser tao duro assim com a vida?”
E eu de pronto atento responderei:
“O que posso te dar de resposta? Dizer que em mim não acredito mais?”

De todas, essa seria a resposta mais verdadeira!
Pois tudo aquilo que afirmei acima,
Se torna uma grande mentira a cada noite que se passa.

Cosplay

cos

Por: Mauricio Lahan Junior

Existe um palco mais a frente.
Lá esta ela,
Atuando, vivendo milhares de vidas.
Todas dentro de uma só mulher!

Me sento na primeira fila.
Quero acompanhar de perto,
Quero ver cada cor da iris de seus olhos,
Cada cor dos fios de seus cabelos.

Em meio a sua dança ela para,
Me olha… Repara em mim…
Me escolhe, pede para que eu suba ao palco.
Pede para que eu faça parte de tudo aquilo,
Mas deixa claro:
“Você só sobe quando eu quiser”

E esse medo de não saber quando ela pode se cansar de mim,
Faz com que eu dance cada passo como se fosse o último.
E assim eu me sinto vivo!

O Poeta

poeta escrevendo

Por: Mauricio Lahan Junior

Quem me dera ter nascido Poeta,
Viver dentro de um Mundo meu
E saber fazer de meus sentimentos palavras.

Quem me dera ter nascido Poeta,
Artista das Letras,
Domador de Corações.

Quem me dera ter nascido Poeta,
Aprender a desabafar com o Papel,
Fazer do pequeno lápis meu melhor Amigo.

Quem me dera ter nascido Poeta,
Expressar meus sentimentos sem vergonha,
Poder Amar uma Mulher sem restrições.

Quem me dera meu Deus,
Ter nascido Poeta desde o começo.
Ao invés de ter aprendido a ser,
Com os Anos de minha Vida.

Talvez você não entenda

xxx

Por: Mauricio Lahan Junior

Não posso mais olhar no fundo de seus olhos,
Já se faz tanto tempo
Que eu me afastei.
Não poderia me entregar novamente.

Eu te prometi que não esqueceria.
Eu não queria ir embora,
Você não queria que eu ficasse.

“Mas talvez você não entenda
Essa coisa de fazer o mundo acreditar
Que meu amor não será passageiro
Te amarei de janeiro a janeiro
Até o mundo acabar”

Vai se passar outras tantas estações,
Vai se passar outras tantas histórias,
E para sempre vou te amar.

Orelhão

xxx

Por: Mauricio Lahan Junior

“Crack”!

Faz o barulho da bala de menta mordida, deixando espalhar um ar refrescante por toda a sua boca para tirar o gosto do Conhaque, que a minutos atrás queimava sua linguá e a parte interna de seus lábios.

Ele olha de um lado para o outro naquela madrugada, não consegue enxergar uma alma viva. A chuva cai forte, cada pingo d’água que acerta seu rosto lhe dói enquanto nuvens pesadas e carregadas escondem até mesmo o forte e claro brilho da Lua.

“Hoje não há Lua, não há estrelas. Não há, lá em cima, quem olhe por mim”.

Continuou a caminhar pela calçada vazia, quebrada. Observava muros pichados no centro de São Paulo até ao longe avistar um isolado orelhão.
Neste momento ele se pergunta: “Que horas são?”

Ele não sabe a resposta, mas tem certeza de que toda a cidade dorme.
Se aproxima do orelhão: “Eu sou o Buraco vazio no estomago do John”
Disca alguns números. Números que ele tem guardados na memória mas não se lembra quando foi a primeira vez que os guardou.
Alguém na outra linha atende. Uma mulher. Aquela mulher.
-Aló? Me desculpe por ligar essa hora.
A voz do outro lado da linha se exalta ao perceber quem estava ligando.
-Olha… Escute… Por favor…
Ela não suporta ouvir sua voz.
-Eu só… Por favor… Me diga para onde eu devo ir!?
Ela desliga sem lhe oferecer resposta. Ele se sente perdido.

Não há mais para onde ir.